Tuesday, November 4, 2008

Oito Anos Depois

4 de Nov: um longo tunel com cor do partido Republicano e a luz azul Democrata

Chegamos ao fim de um longo tunel. Oito anos de Bush. Quatro anos de uma eleição roubada em 00 e quatro de uma eleição sequestrada pelo o medo de terrorismo que falou mais forte que qualquer lógica possível em 04. Oito anos em que pensamos "qualquer coisa é melhor que este palhaço" mas aí cavocaram a tal da Sarah Palin das entranhas do Alaska e você pára e diz, "ok, ela seria pior que o Bush". E o imbecil que a escolheu ainda mais irresponsável que o Bush.

Esta campanha foi histórica para nnao dizer épica, cheia de reviravoltas mirabolantes, e ainda bem que chegamos ao fim. Mas antes de abrir a champanhe roerei todas as minhas unhas e escreverei aqui, como tudo se desrenlou.

Não sei muito bem por onde começar a não ser pelo começo que é o trauma das eleições passadas onde um candidato decente, um político experiente como John Kerry foi massacrado pela máquina republicana que afiou as garras e atacou o homem por todos os lados, caráter, experência, chamou de elitista por que ele falava francês e outras pérolas parecidas. Como todo mundo que eu conheço, para mim quatro anos de Bush tinha sido mais que ruim e qual não foi meu choque de ver a homem ser reeleito. Mas reeleito ele foi. E mais quatro anos se passaram e o mundo sofreu junto.

E muito antes de que em qualquer outras eleições o drama da decisão 2008 começou a rolar e arvorar, (as campanhas começaram dois anos atrás). O tal Obama era até então um ilustre desconhecido e a Hillary uma possibilidade interessante até o ponto em que de interessante ela passou a ser assustadora como um personagem do Senhor dos Anéis, cego de ambição, dizendo “my precious” e se negando a sair da corrida apesar de todos os resultados indicarem sua derrota.

Quando enfim, ela saiu de cena foi com um belo discurso, de arrepiar. Nos restou suspirar com pena que ela não tivesse sido capaz de fazer discursos parecidos durante a campanha, que ela tivesse se perdido em meio assistentes e estratégistas (e marido) que a sufocaram num vai e vem de imagens para si mesma: “Seja firme, não sorria, se mulher sorri muito acham que ela não é séria. Agora tão falando que você é carrancuda, dá uma relaxada, mas não muito...”.

Em contraste a campanha do Obama mostrou uma eficência sem precedente. Eleito ou não Obama terá mudado paras sempre a dinâmica da corrida presidencial. Ao longo deste ano de campanha ele usou meios e abordagens inéditas: internet, blogs, anúncios em video games, mensagens de texto para os cabos eleitorais, colocou um verdadeiro batalhão de voluntários nas ruas convencendo as pessoas a votarem, registrando novos eleitores, energizou um país que talvez por puro desespero econômico, esteja pronto para arriscar mudar o rumo. O resultado esperado para estas eleições é de número de eleitores recorde, sem falar num nível de interesse que não se via desde do Kennedy.

Mas as duas maiores sacudidas foram no quesito de fundos de de atitude. Obama se negou a usar fundos do governo que disponibliza quantias iguais para ambos candidatos com a condição que o total da arrecadação não ultrapasse uma certa quantia. Ele acreditou que conseguiria fundos de doações de pesssoas comuns e atraiu 3.2 milhões de doadores através de seu site. Pessoas como eu por exemplo, doaram o que podiam. E de pouco em pouco ele arrecadou a quantia absurda de $680 milhões.

McCain arrecadou $84 milhões.

680 mi é mais do que os dois candidatos das eleições passada gastaram juntos. E este mundo de dinheiro veio através do bom uso da internet e do fato de que ele foi capaz de capitalizar a frustração nacional com o governo Bush.

Quanto a atitude, por mais piegas que soe, Obama não jogou sujo e não fez ataques baixos. Em comícios quando o povo começava a avair o McCain ou Bush ele interrompia no ato dizendo, “Nós não precisamos de vaias, apenas dos votos”. Beirando o teatro do absurdo Obama foi chamado de comunista a terrorista, o povo nos comícios da Palin gritavam "Matem o Obama", e ela disse nada. O Obama conseguiu gerenciar a campanha mais positiva destas eleições.

E como se não bastasse tanto drama, ontem um dia antes das eleições a avó do Obama que o criou (“Deu tudo que ela tinha dentro de si para mim” segundo ele), morreu. Um dia antes do homem ser eleito presidente!! Ele havia interrompido a campanha a uma semana atrás pois os médicos disseram que ele tinha que despedir, e naquele momento deu um aperto no coração.

Mas em termos de sofrimento é como nas novelas em que a mocinha é uma burrinha que sofre sem parar a novela inteira só para ter um ou dois capitulos de felicidade foi o mesmo com os democratas que depois de oito anos de dois traumas (2000 e 2004) e muita estupidez começam a ver seu arque inimigo o grande partido republicano perder força e disciplina. Sem adentrar em muitas delongas neste longo posting, eu devo dizer que ao acompanhar estas eleições (diariamente lendo jornais, blogs e assistindo programas noturnos) eu vi os conservadores descesndo a ladeira a todo galope. A campanha do McCain se mostrou 100% reativa e 0% estratégica, toda vez que os números indicavam queda ele aparecia com algum truque na intenção de reverter os números. A escolha da Sarah Palin para vice foi o maior tiro no pé já dado por um candidato. O homem a entrevistou por três horas e sem nenhuma checagem de seu histórico, lhe ofereceu o cargo. As primeiras três semanas com Palin na campanha foram de pura lua de mel, com arrecadações entrando sem parar e multidões nos comícios. E durante estas três semanas McCain sorriu feliz. Mas em menos de um mês o castelo ruiu de forma espetacular e ao vivo.

A moça não conseguia dar entrevistas, a moça nunca tinha saido dos EUA até os ano passado, uma conservdora evangélica de dar medo e fazer o Bush passar por intelectual ela foi logo apelidada de Bible Spice em homenagem as Spice Girls. Por que no fim, sim vamos adimitir ela é bonitona, mas o fato dela piscar para camera enquanto fala de poder nuclear (palavra que ela reaprendeu a pronunciar com ajuda de fonoaudiologa contratada as pressas pela campanha), é o fim do mundo e dolorido de assistir para qualquer mulher.

E pouco a pouco republicanos de carterinha começaram a apoiar o Obama publicamente, Assisti de boca aberta o Collin Powell (ex general, ex secretário de Estado do Bush, amigo pessoal de McCain por vinte anos) colocar de forma poderosa seu apoio. O Obama segundo ele é um agente de transformação que este país precisa neste momento, ele se mostrou ponderado durante a campanha e capaz de tomar decisões que o McCain não foi capaz. E os ataques feitos contra o Obama no fim se voltaram contra ele, McCain. Ao acusar Obama de ser mulçumano o jogar com o as fobias americanas McCain perdeu o respeito que as pessoas tinham por ele. Powell, no fim disse, “A resposta quanto a Obama ser mulçumano é ‘Não, ele não é’, mas a resposta mais adequada seria, ‘E se ele fosse? Existe algum problema com isso? O que há de errado com alguém ser mulçumano neste país’?”.

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